CENTRO HISTÓRICO ESQUECIDO?


São Luís é uma cidade constituída por um dos maiores acervos históricos existentes entre as cidades brasileiras, onde encontramos casas, casarões, palácios, igrejas, museus, teatros, praças e ruas que resgatam a nossa cultura e nos fazem reviver o estilo barroco, o romântico e até o simbolista. E foi com este magnífico acervo que São Luís e nós fomos agraciados com o título de Patrimônio Histórico da Humanidade.
Por outro lado, é visto que o poder público municipal, que é o gestor desse grandioso e rico acervo, não está tendo compromisso de manter viva a história que outrora nossos antepassados construíram para nos deixar como herança cultural, uma vez que não há uma manutenção preventiva, a estimulação aos proprietários dos imóveis em manter seus prédios em perfeitas condições e, principalmente, propagandas educativas para a preservação desse acervo, cujas conseqüências são trágicas, pois estamos vendo as ruas esburacadas e sem a arborização adequada ao ambiente, as calçadas com buracos ou remendadas com cimento, fugindo, com isso, das camadas originais, as casas e casarões em ruínas, as praças sem os seus romantismos e belezas, desnudas de jardins e árvores frondosas.
Com o exposto é bom observar que os logradouros que mais preocupam são as praças de São Luís, uma vez que apenas foram reformadas as Praças Gonçalves Dias e a Benedito Leite, que se diga de passagem graças aos recursos disponibilizados pela CVDR (Gonçalves Dias) e BRADESCO (Benedito Leite) e não recurso próprio da Prefeitura, mas que estão esquecidas. Contudo estamos aguardando que o governo municipal reforme as praças do centro histórico e as existentes nos bairros, onde elas vem perdendo uma originalidade, sua magnitude, seu romantismo e, principalmente, a visitação que dantes era grande. Digo tudo isso, porque conheço aqui e lá fora, mesmo as bem retiradas ou ocultas, muitas praças oponentes ou pobres, que poderiam também fazer parte do acervo histórico do Brasil, onde se verificam um cuidado com a sua originalidade, limpeza, jardinagem, cuidado e muito interesse dos governantes municipais, porque nelas é que as pessoas, principalmente pelas manhãs e fins de tardes, se reúnem para aquele bate-papo amistoso e descontraído, bem como a criançada nos feriados e fins de semana, para brincar ou fugir da monotonia que, às vezes, o nosso próprio lar nos faz.
E se, de fato, são tão úteis assim ao ser humano, porque as de São Luís, que dispõem de verba específica para mantê-las bem cuidadas e bonitas, estão desprezadas? Isto é uma vergonha! Mais vergonhoso ainda é o povo aceitar calado tal absurdo, sem que ninguém se manifeste, de forma verbal ou escrita, para reclamar da autoridade responsável o cumprimento da sua obrigação.
Com isso, apresso-me lembrar ao prefeito João Castelo que o descaso e o abandono da cidade não se restringe apenas a asfaltar ruas em bairros que garantam votos. É importante que veja seu aspecto como um todo, principalmente o Centro Histórico, cuja existência muito contribui para o avanço econômico da cidade, uma vez que o mesmo é a principal causa da vinda de turistas a nossa querida São Luís. Portanto não é justo o desamparo do poder municipal ao nosso maior tesouro e, conseqüentemente, dizer que este centro histórico está precisando de uma nova roupagem, isto é, reparos resgatando sua originalidade, higienização, construção de banheiros públicos e demais restaurações.
Do contrário, ele perderá por completo o seu sentido de existência, como um lugar prazeroso, propício para visitação dos turistas nacionais e internacionais. Como deixarão, também, de gerar emprego e renda, haja vista que este centro histórico é o local onde as pessoas e os turistas procuram no dia-a-dia, a fim de buscar a beleza e admirar ou contemplar os logradouros ali existentes.
Cuide dele, portanto, Senhor Prefeito João Castelo. Não abandone esse acervo como os outros gestores municipais, porque o povo necessita dele para sentir o quanto ele é importante como patrimônio histórico e para a descontração, para os nossos encontros e, principalmente, para a geração de emprego e renda.
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