terça-feira, 31 de maio de 2011

agora lascou /Estou com FHC pela liberação da maconha

Primeiramente, não poderia deixar de dizer que tudo que é proibido fascina e leva o ser humano a desafiá-la. É de sua natureza. Para mim, o mistério é a alma do negócio. O que é mais interessante que querer desvendar um bom mistério??!! É o que dá certo charme… Faz querer saber sempre mais, o que empolga, é que move o desejo de saber mais!!! Com isso, vem outros e outros desafios e as drogas químicas e os tráficos se expandem.

É certo afirmar que se vive atualmente numa época paradoxal, quase numa encruzilhada no processo civilizatório do Homo Sapiens. De um lado a sensação de potência maximal, e de outro lado, a percepção de fragilidade geradora de incertezas. De um lado, os mais fascinantes e incríveis constructos da mente humana, e de outro, a impotência dessa mesma mente em “dar conta racionalmente “dessa nova realidade cultural e civilizatória.

Portanto, não poderia ir contra o pensamento de um sociólogo como Fernando Henrique Cardoso, 78 anos, que decidiu jogar o peso de sua imagem em favor de uma causa polêmica, a descriminalização da maconha.

“As drogas causam danos, todas elas. Há estudos que mostram que a Cannabis pode levar à esquizofrenia. Então, não é “liberou geral”, tem de haver um controle. Mas acho que, no caso dos usuários, é possível dizer que o melhor é descriminalizar”, disse FHC.

Para ele, não se pode dar uma receita única para todos os países. Eles têm especificidades: um é produtor, outro é só consumidor, um é mais liberal do que outro. Não adianta prescrever uma saída única para todos. Depois, não se pensou na redução do consumo, mas apenas em frear a produção. É preciso mudar o paradigma: além de pensar numa política de redução do consumo, deve haver também uma política de diminuição do dano.

“Em março, em Viena, houve uma avaliação dos esforços feitos nos últimos dez anos. Nesse período, prevaleceu a posição americana de que era necessário empreender uma guerra total de repressão às drogas. Só que esse projeto envolveu muito dinheiro e apresentou pouco resultado”, disse FHC.

Segundo FHC, é uma preocupação antiga. A Secretaria Nacional Antidrogas, criada quando ele foi presidente da República, já formulava a idéia de que não adianta só reprimir. “Essa iniciativa minha, portanto, não é algo inteiramente novo e deriva de uma única preocupação: a forma como vem sendo conduzido o combate às drogas nos países americanos. As coisas vão mal nessa área”, avaliou FHC.

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