Agora lascou/Mulher de Júnior Bolinha procura Raimundo Cutrim na Assembleia
Segundo o deputado, a mulher disse que os delegados apresentaram papeis públicos à Bolinha para lhe envolver na morte do jornalista.
A mulher disse ainda, que Júnior Bolinha não aceitou entrar no jogo dos delegados, dizendo conhecer Cutrim pouco tempo e o único contato que tinha com o parlamentar era profissional.
Por essa razão, segundo revelou a esposa de Bolinha, a comissão de delegados teria deixado ele por quatro dias sem alimentação, sem ler revistas e sem receber visitas.
Raimundo Cutrim disse que orientou a mulher procurar o Ministério Público e denunciar a suposta tortura que Júnior Bolinha teria sofrido dos delegados, que estariam tentando atrelar seu nome na morte de Décio Sá. Depois da conversa, o deputado disse que nunca mais a esposa de Bolinha lhe procurou.
Veja abaixo outro trecho do discurso de Cutrim:
Outro fato importante, no mês de julho, eu não me recordo qual foi a data, fui procurado aqui pelo uma servidora da Assembleia de que tinha uma senhora querendo falar comigo urgente. Eu estava aqui sentado e eu não poderia, mas com tanta insistência eu fui ao gabinete atender, e lá a senhora se identificou como sendo a esposa do Bolinha.
A princípio eu vim e ela me dizia naquela oportunidade que era esposa dele, e eu não me recordo o nome, que eu não o conhecia e de quem não recordo o nome como já disse. Diante desse fato, ela falou que um determinado dia, no mês de julho, por volta de 4 horas da manhã, o Júnior Bolinha foi acordado, lá na delegacia onde estava com um balde de água gelada e estavam junto lá, no local, três delegados, os dois que eu já suspeitava e mais o outro, que eu custei a acreditar, todos os três integrantes da comissão.
Apresentaram papeis públicos para que ele decorasse e lesse, naquele momento que era para ele ler, eles perguntavam que era para ele dizer que o Cutrim estava envolvido e ele disse que não tinha como, primeiro que ele me conhecia pouco tempo, no final de 2011 e o contato que tinha com o Cutrim era profissional de sítio e de conta da areia, de barro, não tinha muita ligação e ele diante da recusa, o deixaram quatro dias sem alimentação, quatro dias sem ler revistas, sem nada, sem visita e a esposa dele me procurou dizendo que estava aflita, preocupada que eles iriam matar e eu disse: minha senhora, isso acabou, quando terminar o inquérito, ele deve ir para a penitenciária e lá, a secretaria e a polícia não tem mais acesso a ele e lá se o delegado quiser ouvi-lo faz o oficio, o delegado faz ofício ao juiz, o juiz faz o ofício ao secretário da Justiça ou ao diretor do Presídio determinando para que fosse tomado o depoimento dele.
Ele saia da Penitenciária, ia para o IML, fazia o corpo de delito, vinha para a Polícia, depois fazia o mesmo ritual; retornaria para o IML. Eu disse a ela e a orientei, naquela oportunidade, que fosse ao Ministério Público denunciar. E, no momento, eu não sei, eu nunca mais a vi, não sei informar se ela foi ao Ministério Público fazer essa denúncia ou não, fiquei sem saber.

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