AGORA LASCOU DE VEZ JOSE MARTINHO(DEM) VULGO KABÃO..........
O prefeito de Catanhede, José Martinho (DEM), vulgo Kabão, não tem jeito mesmo.
Depois das denúncias publicadas no
Jornal Pequeno dando conta do uso da Associação de Quebradeiras de Coco,
povoado de Candiba, no município de Cantahede, como “laranja” para
desviar recursos da merenda escolar, agora são os professores que
demonstram publicamente a insatisfação com a atual gestão. São várias
denúncias de irregularidades na administração do senhor Kabão.
Entre essas denúncias, está uma feita
pela professora Maria Creuziane Sousa, que teve acesso a alguns dados e
explica, por exemplo, que R$ 1.282.078.86 oriundos do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), como
complementação extra da União ao Fundo, não foi repassado aos
professores no mê de janeiro desde ano.
A professora garante que parte desse
dinheiro, R$ 769.000, de acordo com a legislação do Fundeb, deveria ser
destinado aos profissionais do magistério, mas isso não teria
acontecido.
“O prefeito nos deve esses 769 mil
reais. Nos outros municípios foi feita a distribuição desse dinheiro
extra aos professores em fevereiro e março, e aqui, não houve a
distribuição. Cada professor de Cantanhede deixou de receber pelo menos
R$ 3.500,00”, explicou.
Ela destaca ainda a falta de
comprometimento, tanto da prefeitura, quanto do Sindicato dos Servidores
do Município, se mostram indiferentes aos problemas enfrentados pelos
profissionais da área. “Tenho certeza que a prefeitura desvia parte do
nosso dinheiro para suprir outras áreas, o que é totalmente ilegal. A
presidente do sindicato, que deveria ser a nossa voz junto da categoria
junto à prefeitura, infelizmente não representa mais os nossos
interesses. Ela trabalha diretamente com o prefeito e por isso é
conivente com a atual gestão”, lamentou.
De acordo com a professora Regiane
Franco Conceição, que leciona há 11 anos na cidade, o contra-cheque de
muitos profissionais ligados a educação não condiz com o Plano de Cargos
e Salários. “Infelizmente eles não têm coragem de denunciar por medo de
perder seus empregos”, afirma. “O sindicato, que não funciona desde
2008, está atrelado ao poder público municipal”, continuou.
Ela também fez uma série de denúncias
contra a atual gestão. Segundo a professora, a educação do município é
precária. Regiane afirmou que as escolas municipais ainda não são
suficientes para atender todos os alunos, destacou também, os problemas
de infra-instrutora, saneamento básico e merenda escolar. Escolas
superfaturadas foram construídas e recursos da merenda escolar desviados
através de “laranjas”.
“Não há merenda escolar adequada para os
nossos alunos. Farofa com Kisuco não é merenda digna. Ainda existem
escolas de taipa e telhado de palha, faltam banheiros apropriados para
as crianças. Tudo o que diz respeito à educação aqui em Cantanhede é
violado e isso não pode continuar”, explicou Regiane, que faz parte do
Fórum de Rede de Cidadania do Estado, um movimento social que reúne
voluntários em prol dos direitos humanos. Ela afirmou que o grupo tem
reunido diversas denúncias contra a prefeitura de Cantanhede, para, em
setembro, entrarem com uma ação no Ministério Púbico do Estado (MPE).
Em agosto do ano passado, o blog do
jornalista Décio Sá, assassinado em abril deste ano, havia denunciado
que parte do recurso da Fundeb destinado a Educação estava sendo
desviado para pagamento extra de salários (pasmem!) de policiais
militares. De acordo com o blog, a prefeitura pagava uma cooperativa, e
esta se encarregava de efetuar os repasses para os apadrinhados do
político (reveja a denúncia aqui).
Em 2010, o prefeito Kabão já havia sido
denunciado pelo Ministério Público por descumprimento a lei que
determina o envio de cópias de prestação de contas completas da
administração às Câmaras Municipais.
Direito – O presidente
do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão
(Sinproesemma), Júlio Pinheiro, explicou que a lei exige que o Governo
Federal direcione esses recursos restritamente ao Fundo de Manutenção da
Educação Básica. “É importante destacar que desses recursos 60%, no
mínimo, devem ser utilizados para pagamento dos profissionais do
magistério. Podendo ser mais, depende de alguns fatores como da folha de
pagamento e do plano de carreira desses profissionais. Cada gestor deve
se organizar e planejar a rede para manutenção das escolas” ressaltou
Júlio. Ele também explica que os demais 40% são destinados ao pagamento
exclusivo dos funcionários das escolas.
Júlio acredita que a população deve
buscar mecanismos de fiscalização para cobrar um compromisso maior da
gestão municipal com a educação pública. “É preciso mobilizar os
segmentos da educação, os trabalhadores, a sociedade, os pais dos
alunos, porque o recurso do Fundeb é público, então, precisa, de fato,
atingir o seu destino, o seu objetivo. A sociedade tem que cobrar,
fiscalizar, principalmente os trabalhadores que sentem na pele a
ausência da aplicação correta dos recursos. Eles precisam se mobilizar e
cobrar para que, de fato, esse recurso seja aplicado”, disse. “Eu
convoco a sociedade, os trabalhadores, para que fiscalizem e cobrem de
seus prefeitos o compromisso na aplicação dessa complementação. Nós
esperamos que Cantanhede e outros municípios respeitem esse que é um
direito dos profissionais da educação, e a população o direito ao acesso
à educação pública”, finalizou.

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