sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Guerra no Rio continua

Helicóptero sobre Igreja da Penha;região era dominada pelo tráfico
Rio - Numa ação ousada, que envolveu cerca de 600 homens e logística da Marinha do Brasil, a polícia do Rio deu uma resposta ao tráfico que entra para a história do Rio como uma das mais contundentes dos últimos anos.
Com ela, cai por terra um velho mito, sempre lembrado desde o início das Unidades de Polícia Pacificadora, de que os grandes complexos de favelas da cidade, como a Penha e o Alemão, eram territórios do tráfico quase inexpugnáveis.
No final da tarde de ontem, a imagem de policiais no cruzeiro que fica no alto da encosta, e dá nome à favela, era emblemática. A fortaleza do narcotráfico revelou-se de papel, suscetível a uma operação que combinasse tropa treinada e surpresa tática. Tudo o que aconteceu quinta-feira.
De símbolo do poder paralelo, que dela se apoderou por anos, a Vila Cruzeiro passa a troféu do estado, que retomou uma área de mais 200 mil metros quadrados, que estava alijada da cidade formal. Passando sobre todas as barricadas que os traficantes instalaram nos acessos ao morro, principalmente usando pneus em chamas, os carros blindados sobre esteiras, pilotados por fuzileiros navais – em vez dos caveirões que fatalmente ficariam nos obstáculos por terem pneus – , avançaram por dentro das vielas, empurrando o que estivesse pela frente e obrigando os traficantes a uma fuga em massa pela mata. Pelo menos 200. Agora, são as polícias Civil e Federal que fazem um cerco na região para capturar o bando.
Ao descer do cruzeiro, no ponto culminante do morro, o subchefe operacional da Polícia Civil, delegado Rodrigo Oliveira, disse a frase que resumiu o feito:
- A comunidade hoje pertence ao Estado. Leia mais aqui.
Novos ataques

Bandidos atiram a esmo e em helicóptero para provocar a polícia
Bandidos do Complexo do Alemão, para onde fugiram dezenas de criminosos da Vila Cruzeiro, fizeram diversos disparos, na manhã desta sexta-feira, em direção a um helicóptero da Polícia Civil que sobrevoa a comunidade. A informação é da TV Globo.
Os bandidos também estão atirando a esmo como forma de provocação. Eles gritam e mostram as armas aos Policiais Federais, que estão na Estrada de Itararé, um dos acessos à comunidade.
Os agentes federais estão parados em pontos estratégicos, junto a policiais civis. De acordo com um agente, as primeiras equipes, que vieram de uma operação em Macaé, chegaram à comunidade no início da madrugada.
Os criminosos ainda fizeram moradores descerem e subirem por uma das ruas de acesso, ao lado da Unidade de Saúde da Família, para vigiar os policiais. A polícia planeja fazer operações

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