segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ricardo visita UPAs

Ricardo e comitiva na UPA Itaqui/Bacanga

Depois de visitar, em companhia do secretário de Saúde, Ricardo Murad, da deputada estadual Valéria Macedo (PDT), de assessores da SES, jornalistas e, principalmente, de vários cidadãos das mais diversas profissões, as UPAs do Itaqui-Bacanga (em pleno funcionamento), a UPA da Cidade Operária e do serviço de atendimento ambulatorial (reforma já em fase de acabamento), a UPA do Parque Vitória (pronta, faltando equipamentos) e a UPA e o Centro de Saúde do Vinhais (já reformados), verifica-se que o dinheiro do contribuinte foi aplicado corretamente e dentro dos parâmetros legais e de qualidade.

Antes de entrar na matéria propriamente, não poderia deixar de dizer que o princípio democrático, por nós adotado tradicionalmente – com grande ênfase, a ponto de se colocar em posição de relevo no sistema constitucional – supõe necessariamente a prestação de contas de todo e qualquer agente público, sem exceção, em toda e qualquer matéria: política, administrativa, financeira e técnica.

Espera-se que isso sirva de exemplo e que os demais gestores façam o mesmo, ou seja, mostrando “in loco” a aplicação do dinheiro público, cuja obrigação é justa, haja vista que o povo tem o direito de saber exatamente como o seu dinheiro está sendo gasto.

Ricardo e a deputada Valéria Macedo na UPA Itaqui/Bacanga

A visita começou pela UPA do Itaqui-Bacanga, onde seu atendimento está de acordo com as exigências da Organização Mundial de Saúde. A diretora da unidade, Ana Eugênia e o Dr. Luis Eduardo, mostraram como funciona o atendimento e as tomadas de decisão daquela UPA. “O atendimento aqui é resolutivo, pois diminui o fluxo dos hospitais. A permanência de uma paciente na UPA é de 24 horas”, falou Ana Eugênia.

“Essa sala de recepção é climatizada e com assentos, para dar conforto aos nossos pacientes e acompanhantes. Desde junho de 2010 atendemos 6 mil pacientes por mês, quando a meta é de apenas 3 mil pacientes”, disse Ana Eugênia.

Ana Eugênia disse que os pacientes recebem o tempo todo o apoio da assistente social e que a triagem é feita por um corpo de enfermeiras que classificam a gravidade de acordo com a enfermidade: Azul ou Verde (pacientes ambulatoriais), Amarelo (pacientes que necessitam de observação e recebimento de medicamentos) e Vermelho (pacientes graves). “O médico recebe o paciente já sabendo de suas necessidades e cuidados. Esse tipo de classificação é pioneiro no Brasil”, disse Ana Eugênia.

A UPA do Itaqui/Bacanga oferece as seguintes especialidades médicas: pediatria, clínica médica e ortopedia, essa última uma inovação, pois não é critério ter esse tipo de atendimento em UPAs.

Dependências da UPA Itaqui/Bacanga

A referida UPA oferece também, RX; exames laboratoriais (resultados em uma hora); Sala de Eletrocardiograma; sala de inalação por oxigênio com seis lugares, três leitos pediátricos; Sala Amarela com 8 leitos, sendo seis normais e dois isolamentos; Sala Vermelha para atendimento de pacientes graves (UTI) com todos os equipamentos exigidos; uma ambulância UTI; geradores; dormitório para os profissionais; administração; quatro consultórios; Farmácia e Almoxarifado. “Aqui trabalhamos com 200 profissionais, entre médicos, enfermeiras, administrativos, farmacêutico e assistente social, para atender a população por 24 horas”, disse Dr. Luis Eduardo.

Conversei com duas pacientes. Para Euzébia Farias, moradora do Sá Viana, o atendimento é rápido e de primeira. Enquanto que para Rosenete Pinheiro, moradora do Anjo da Guarda, que estava tomando uma medical via venal, o atendimento foi muito rápido e excelente. “mal entrei e já estou saindo curada”, completou Rosenete.

“O sistema possui ainda duas carretas, uma transporta um

As carretas com tomográfo e mamógrafo

tomógrafo e a outra um mamógrafo, para efetuarem o atendimento móvel, onde for necessário por todo o Maranhão”, disse Ricardo Murad.

Segundo Ricardo Murad, os custos para construção de uma UPA, com seus equipamentos, são de R$ 4 milhões, sendo que o governo Federal entra com R$ 2 milhões e o governo do Estado com os outros R$ 2 milhões. “São Luís disporá de cinco UPAs, a última ficará na Avenida dos Holandeses”, disse Ricardo.

Para Ricardo Murad, a culpa pelo caos na saúde não é dos prefeitos, pois no Maranhão não existia uma rede de hospitais, mas que agora existirá. “O governo Federal divide meio a meio a construção e os equipamentos das UPAs, mas para a manutenção que chega a R$ 1 milhão, o governo Federal só repassa R$ 200 mil”, enfatizou Ricardo Murad.

“O Maranhão recebe do SUS anualmente R$ 320 milhões para assistência médica, por isso teremos que refinanciar o sistema, traçando a responsabilidade para as três esferas de governo. O Ministério da Saúde tem conhecimento que o Maranhão está sendo penalizado com investimentos que vem fazendo para mudar a realidade da saúde maranhense. O Maranhão apenas recebeu de reajuste no repasse de R$ 300 milhões apenas 22%, enquanto que o Piauí recebeu um reajuste de 70%. O Maranhão continua recebendo o valor que correspondia apenas as unidades antigas, sem nenhum tipo de acréscimo para o funcionamento das novas unidades. O nosso sistema é maior que o do Piauí dez vezes, por isso iremos lutar pelo reajuste real, que fica na casa dos 60% a 70%”, finalizou Ricardo Murad.

Nenhum comentário:

Postar um comentário